domingo, 21 de março de 2021

O calor de Bikini



 Em 1954 os EUA detonaram mais uma bomba atómica no atol de Bikini.

Planeada para 6 Gigatoneladas, atingiu 15. Alguém se esqueceu do excesso de neutrões libertados, e a época era de descoberta.
As ilhas foram de tal forma contaminadas que foi necessário evacuar as populações.
Os cancros, mal-formações em fetos e doenças relacionadas com a radioactividade atingem níveis tão altos que ainda hoje é impossível viver no local.
Na época o problema foi menorizado. A vida marinha parecia ter recuperado, e actividades como a pesca foram retomadas, contra as indicações das autorizações.
Foi necessário colocar um desses peixes numa câmara escura com uma chapa fotográfica para se ver o peixe iluminado pela radioactividade!
Só aí os pescadores entenderam os riscos de consumir aquele pescado.
O abandono humano daquele vasto território teve um lado positivo: sem a presença humana, e apesar da radiação, a vida selvagem teve uma explosão.
Tal como em Chernobyl, e adivinha-se, em Fukushima, a vida selvagem aproveita estes desastres para prosperar. No balanço entre as doenças causadas pela radiação, e o território e liberdade conquistados, a vida selvagem ganha e prospera.

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