terça-feira, 22 de dezembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
À espera
Uma tristeza sem fim invade o meu dia. Hoje, por 4 vezes, já me pediu para o levar à cozinha para cometer suicídio. E eu só lhe posso dar os medicamentos que apenas lhe prolongam o sofrimento, e proporcionar todo o conforto possível. O diálogo oscila entre a coerência e a falta de nexo. Agora sinto que a tua partida está próxima. Só há uma palavra: aguentar. Uma convicção forte fica deste processo: às vezes as novas medicinas não passam de presentes envenenados.
domingo, 27 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Em nome de Deus
Porque tudo vale em seu nome, até a castração de meninos para que a sua voz fosse cristalina.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Assim como quem não quer a coisa
Ou para ser mais "chique", ´en passant´o meu ilustre mestre lá me disse na Fonte da Telha, no mesmo local onde há menos de um ano fiz o baptismo de voo com ele, que já sou piloto autónomo. Oficialmente já posso voar sozinho, que é como quem diz, na companhia de outros pilotos. E é o que tenho feito, até agora em perfeita segurança e sem me aventurar a mais do que alguns "Wingovers", ou seja, balanceio para um lado e para o outro. Ora aqui está algo capaz de me deixar feliz!
Para comemorar está prometida nada mais nada menos que a melhor feijoada de marisco do Universo e arredores!
A outra forma de comemorar foi com dois belos voaços Entre o Meco e as Bicas, registados no meu (agora) magnífico telemóvel. O ventinho maravilha convidava par ir até ao Cabo Espichel. Teria que voar sempre acima da falésia, pois deixa de haver praia na maior parte do percurso, e em caso de necessidade teria mesmo que ser um "top landing". Mas é melhor não abusar, nem estou com vontade de levar "puxões de orelhas" dos mestres!
Para comemorar está prometida nada mais nada menos que a melhor feijoada de marisco do Universo e arredores!
A outra forma de comemorar foi com dois belos voaços Entre o Meco e as Bicas, registados no meu (agora) magnífico telemóvel. O ventinho maravilha convidava par ir até ao Cabo Espichel. Teria que voar sempre acima da falésia, pois deixa de haver praia na maior parte do percurso, e em caso de necessidade teria mesmo que ser um "top landing". Mas é melhor não abusar, nem estou com vontade de levar "puxões de orelhas" dos mestres!
domingo, 30 de agosto de 2009
Registando voos- Praia da Gralha
Finalmente consegui transformar um telemóvel caro em algo de útil. Aliás, só o comprei com o intuito principal de registar voos. Não foi o mais longo voo que já fiz, bem longe disso, mas foi o primeiro que consegui registar. Praia da Gralha, São Martinho do Porto, 29-08-2009.
Fica o meu agradecimento ao Chicharo de Leiria, que me pôs a máquina a funcionar.
Fica o meu agradecimento ao Chicharo de Leiria, que me pôs a máquina a funcionar.
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009
domingo, 16 de agosto de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
Dar e receber
Hesito em escrever estas linhas: algum de vós pode "cair" aqui, ler isto. Receio, ao jeito da Yourcenar que "as palavras traiam os pensamentos". Uma boa parte da "Rookie team" que é como quem diz uma boa parte dos escolinhas do parapente do meu curso corre até ao Meco. As novas asas da "NOVA", para "Rookies *", ou em português "Maçaricos" não podem ficar sossegadas, anseiam por voar. E voam mesmo, logo que as condições o permitem. Não sou dos primeiros a chegar, e a 2 ou 3 quilómetros de distância já vejo uma bela asa vermelha e branca, desconfio de quem seja, e confirmo a desconfiança. É o Ema a pairar lá bem alto! Junto-me à festa, parecemos miúdos, cada um com um brinquedo novo. Assisto lá do alto á descolagem da "nossa menina, ao jeito de nossa mascote, futura Mestre em Astrofísica, peso pluma até para a sua pequena asa. O vento está no limite, e quando aterro alguém me diz que tinhas feito um "top landing", ou seja, o vento forte fez a nossa menina aterrar lá no alto onde não queria, nem é conveniente. Subo a duna em passo de corrida, preocupado com a situação, como todos nós. aliás, todos nós nos preocupamos uns com os outros, vigiamo-nos, damos conselhos uns aos outros, rimos, falamos para reduzir o nervosismo. Felizmente a nossa menina está bem, a aterragem tinha sido perfeita. Mas a descolagem não tinha corrido bem, as linhas tinham apanhado as mãos e deixado mossa. Carrego a asa, naquelas condições não podia permitir que fosse de outra forma. Todos nós incentivamos a nossa mascote a não desistir, o que é necessário é algum lastro para compensar a falta de peso. Brinco com a situação, ainda um dia sentirás saudades deste peso pluma, digo-lhe eu. No final dos nossos voos despacho-me a arrumar a minha asa e ainda arranjo tempo para ajudar os amigos. Finalizamos o dia com um esplêndido pôr-do-sol no bar da praia do Meco. Talvez vos tenha dito, não estou certo, não queria que aquele dia acabasse nunca. Reflicto no quanto se dá e se recebe nestes instantes. Um dia pleno de vida, foi o que eu ali recebi. Mas não vos digo, pelo menos em palavras verbalizadas. Porque "ás vezes, as palavras traem os pensamentos".
Prometi a mim mesmo e estou a cumprir: Voo de corpo e de alma.
Créditos: http://www.google.com/dictionary?aq=f&langpair=en|en&q=rookie&hl=pt-BR
- A rookie is someone who has just started doing a job and does not have much experience, especially someone who has just joined the army or police force. N-COUNT oft N n US informal
- I don't want to have another rookie to train.
- ...a rookie police officer.
-
- A rookie is a person who has been competing in a professional sport for less than a year.
Coisas simples
M44
M57
M13
A ambos um muito obrigado por esta partilha. Na vastidão da existência é um conforto saber que estamos acompanhados. Um destes dias irei querer conhecer "a casa da árvore".
M57
M13
Olhos meigos, era de facto uma indelicadeza fazer as estrelas esperarem, e como tal lá fomos os até ao Cromeleque de Almendres partilhar infinitos. Gostei de conhecer o teu companheiro, adorei ter-vos aqui em casa. Embora o meu modesto telescópio Newton de 150mm não apresente este esplendor, terá pelo menos a vantagem de ser real e ao vivo. Aqui ficam algumas fotos de alguns objectos do catálogo de Charles Messier que nós "visitamos". Espero que a noite tenha valido a pena para vocês como valeu para mim. Aqui ficam então o enxame globolar M13 no Hércules, a M57, Nebulosa anular da Lira - Estranho universo este, onde a morte pode apresentar uma tal beleza!
Passámos ainda pelo enxame aberto duplo do Perseus, M44. (Na foto apenas aparece um dos enxames, dada a vastidão não caberiam os dois nesta foto).
Foi uma noite de partilha: de imagens do Universo, de palavras e de silêncios.Passámos ainda pelo enxame aberto duplo do Perseus, M44. (Na foto apenas aparece um dos enxames, dada a vastidão não caberiam os dois nesta foto).
A ambos um muito obrigado por esta partilha. Na vastidão da existência é um conforto saber que estamos acompanhados. Um destes dias irei querer conhecer "a casa da árvore".
segunda-feira, 13 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
O que me eleva e enleva
Com o meu especial agradecimento ao Luis Caetano da Antena 2, pela disponibilidade que demonstrou ao responder ao meu mail.
Tal como prometi a mim mesmo, voo de corpo e de alma!
Tal como prometi a mim mesmo, voo de corpo e de alma!
terça-feira, 7 de julho de 2009
Como é?
Como é que não se fica preso ao passado?
Como se impede que os ecos se façam meu fado?
Quem me mostra os caminhos da luz?
E quem à minha vida faz jus?
Ao longe, a tempestade negra ribomba tenaz,
e o oiro em cacos brilha mordaz.
Futuro um dia sonhado
apenas isso, por nós rasgado.
Futuro em branco, sereno e triste.
Será que ainda existe?
Assim sou eu.
SC
Como se impede que os ecos se façam meu fado?
Quem me mostra os caminhos da luz?
E quem à minha vida faz jus?
Ao longe, a tempestade negra ribomba tenaz,
e o oiro em cacos brilha mordaz.
Futuro um dia sonhado
apenas isso, por nós rasgado.
Futuro em branco, sereno e triste.
Será que ainda existe?
Assim sou eu.
SC
Salut
Joe Dassin
Salut, c'est encore moi!
Salut, comment tu vas?
Le temps m'a paru très long
Loin de la maison j'ai pensé à toi
J'ai un peu trop navigué
Et je me sens fatigué
Fais-moi un bon café
J'ai une histoire à te raconter
Il était une fois quelqu'un
Quelqu'un que tu connais bien
Il est parti très loin
Il s'est perdu, il est revenu
Salut, c'est encore moi!
Salut, comment tu vas?
Le temps m'a paru très long
Loin de la maison j'ai pensé à toi
Tu sais, j'ai beaucoup changé
Je m'étais fait des idées
Sur toi, sur moi, sur nous
Des idées folles, mais j'étais fou
Tu n'as plus rien à me dire
Je ne suis qu'un souvenir
Peut-être pas trop mauvais
Jamais plus je ne te dirai
Salut, c'est encore moi!
Salut, comment tu vas?
Le temps m'a paru très long
Loin de la maison j'ai pensé à toi
Salut, c'est encore moi!
Salut, comment tu vas?
Le temps m'a paru très long
Loin de la maison j'ai pensé à toi
J'ai un peu trop navigué
Et je me sens fatigué
Fais-moi un bon café
J'ai une histoire à te raconter
Il était une fois quelqu'un
Quelqu'un que tu connais bien
Il est parti très loin
Il s'est perdu, il est revenu
Salut, c'est encore moi!
Salut, comment tu vas?
Le temps m'a paru très long
Loin de la maison j'ai pensé à toi
Tu sais, j'ai beaucoup changé
Je m'étais fait des idées
Sur toi, sur moi, sur nous
Des idées folles, mais j'étais fou
Tu n'as plus rien à me dire
Je ne suis qu'un souvenir
Peut-être pas trop mauvais
Jamais plus je ne te dirai
Salut, c'est encore moi!
Salut, comment tu vas?
Le temps m'a paru très long
Loin de la maison j'ai pensé à toi
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Trabalho de solo
Um dia de vento pouco favorável. Logo depois da descolagem o vento demasiado a norte e demasiado forte levou a uma rápida subida. Turbulência a mais, e para vir para o chão foi necessário dar acelarador e andar a pairar sobre a água, para não ter que meter orelhas... Deu para trabalhar no solo e fazer uns belos inflados. A asa é um espetáculo: faz tudo o que se lhe pede.
Evolução, mesmo que tenha voado pouco.
Evolução, mesmo que tenha voado pouco.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Livre como uma gaivota
Mais um dia de progresso, de novo na Fonte da Telha, pois então.
Deu para ir até à lagoa de albufeira, e no final fiz o meu primeiro "Top Landing", que é como quem diz, aterrei exactamente no local de onde descolei! Um final de tarde perfeito, com direito a voar dento de uma pequena nuvem que passou baixinho, e um magnífico pôr do sol na praia, na companhia de um amigo de voos.
Belo dia!
Deu para ir até à lagoa de albufeira, e no final fiz o meu primeiro "Top Landing", que é como quem diz, aterrei exactamente no local de onde descolei! Um final de tarde perfeito, com direito a voar dento de uma pequena nuvem que passou baixinho, e um magnífico pôr do sol na praia, na companhia de um amigo de voos.
Belo dia!
domingo, 28 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Somando horas
Mais uma hora na Fonte da Telha, com um magnífico pôr do sol. Um obrigado ao pessoal da asa delta que me deu apoio na descolagem. E no ar, o objecto é mesmo elegante!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
Meia Hora
Foi todo o tempo que tive para estrear a minha Rookie! Depois, o tempo ficou mais agreste ali para os lados da Fonte da Telha, e tive que vir para o chão. Agora, é só estudar até ao fim do mês.
Magnífica asa.
Magnífica asa.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Nivel III
Pois é, depois de mais uma hora a pairar sobre a
Térmica, aí vou eu!
Tá-se bem!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
Está quase...
... a chegar a minha magnífica ROOKIE.
Depois, quem me quiser apanhar o melhor que tem a fazer é andar de "nariz no ar"!
Depois, quem me quiser apanhar o melhor que tem a fazer é andar de "nariz no ar"!
sábado, 16 de maio de 2009
De papo cheio
Um belo dia de voaços no Meco. O tempo esteve do melhor e foram dois belos voos de algumas horas sobre a praia. Um dia feliz. Estreia absoluta da minha nova cadeira e capacete. Pla primeira vez, os mestres fizeram silêncio nos rádios, para nos dar alguma liberdade. Dei-me muito bem com a já famosa asa. A minha NOVA ROOKIE vem a caminho, mas acho que já sinto falta da magnífica AXIS. Se me apanho livre da faculdade, ninguém me apanha.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Para uma amiga
Definitivamente, Khali anda à solta. Resta esperar a próxima vinda de Vishnu.
-Olhos meigos, estas palavras são para ti: como não tens ido às aulas, aqui fica a explicação da deusa Khali : A Susana Bastos trabalhou na Índia, e um dia alguém a identificou como a incarnação de uma Deusa. É por isso que levo muito a sério aquilo que nos disse, afinal é uma Deusa a falar de outra... Parece que para os indus vivemos num tempo de escuridão, dominado pela Khali, e que aguardamos o próximo Avatar de Vihsnu, que trará de novo a ordem ao mundo. Parece que ele tem andado arredado (quem sabe a pôr ordem noutros mundos?). Afinal, a última vinda de Vihsnu aconteceu com Buda há 2500 anos. É muito tempo. Agora mais a sério. Dá um tempo a ti própria. Tenta aceitar que nem sempre nós temos a força necessária e suficiente. Às vezes não importa o quanto nos importamos, os outros simplesmente não se importarão. Cuida de ti, e espero cinceramente reverte em breve de novo na faculdade. Sinto a tua falta. Eu estou aqui. E esta música é para ti.
Beijo grande.
-----------------------*----------------------------
In this proud land we grew up strong
We were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail
No fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
Ive changed my face, Ive changed my name
But no one wants you when you lose
Dont give up
cos you have friends
Dont give up
Youre not beaten yet
Dont give up
I know you can make it good
Though I saw it all around
Never thought I could be affected
Thought that wed be the last to go
It is so strange the way things turn
Drove the night toward my home
The place that I was born, on the lakeside
As daylight broke, I saw the earth
The trees had burned down to the ground
Dont give up
You still have us
Dont give up
We dont need much of anything
Dont give up
cause somewhere theres a place
Where we belong
Rest your head
You worry too much
Its going to be alright
When times get rough
You can fall back on us
Dont give up
Please dont give up
got to walk out of here
I cant take anymore
Going to stand on that bridge
Keep my eyes down below
Whatever may come
And whatever may go
That rivers flowing
That rivers flowing
Moved on to another town
Tried hard to settle down
For every job, so many men
So many men no-one needs
Dont give up
cause you have friends
Dont give up
Youre not the only one
Dont give up
No reason to be ashamed
Dont give up
You still have us
Dont give up now
Were proud of who you are
Dont give up
You know its never been easy
Dont give up
cause I believe theres the a place
Theres a place where we belong
-Olhos meigos, estas palavras são para ti: como não tens ido às aulas, aqui fica a explicação da deusa Khali : A Susana Bastos trabalhou na Índia, e um dia alguém a identificou como a incarnação de uma Deusa. É por isso que levo muito a sério aquilo que nos disse, afinal é uma Deusa a falar de outra... Parece que para os indus vivemos num tempo de escuridão, dominado pela Khali, e que aguardamos o próximo Avatar de Vihsnu, que trará de novo a ordem ao mundo. Parece que ele tem andado arredado (quem sabe a pôr ordem noutros mundos?). Afinal, a última vinda de Vihsnu aconteceu com Buda há 2500 anos. É muito tempo. Agora mais a sério. Dá um tempo a ti própria. Tenta aceitar que nem sempre nós temos a força necessária e suficiente. Às vezes não importa o quanto nos importamos, os outros simplesmente não se importarão. Cuida de ti, e espero cinceramente reverte em breve de novo na faculdade. Sinto a tua falta. Eu estou aqui. E esta música é para ti.
Beijo grande.
-----------------------*----------------------------
In this proud land we grew up strong
We were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail
No fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
Ive changed my face, Ive changed my name
But no one wants you when you lose
Dont give up
cos you have friends
Dont give up
Youre not beaten yet
Dont give up
I know you can make it good
Though I saw it all around
Never thought I could be affected
Thought that wed be the last to go
It is so strange the way things turn
Drove the night toward my home
The place that I was born, on the lakeside
As daylight broke, I saw the earth
The trees had burned down to the ground
Dont give up
You still have us
Dont give up
We dont need much of anything
Dont give up
cause somewhere theres a place
Where we belong
Rest your head
You worry too much
Its going to be alright
When times get rough
You can fall back on us
Dont give up
Please dont give up
got to walk out of here
I cant take anymore
Going to stand on that bridge
Keep my eyes down below
Whatever may come
And whatever may go
That rivers flowing
That rivers flowing
Moved on to another town
Tried hard to settle down
For every job, so many men
So many men no-one needs
Dont give up
cause you have friends
Dont give up
Youre not the only one
Dont give up
No reason to be ashamed
Dont give up
You still have us
Dont give up now
Were proud of who you are
Dont give up
You know its never been easy
Dont give up
cause I believe theres the a place
Theres a place where we belong
domingo, 10 de maio de 2009
Para um amigo
Amigo: tenho para mim que todas as pessoas merecem ser felizes, mas algumas merecem talvez um pouco mais do que outras. E tu és uma dessas pessoas. E apesar de que eu neste momento ande de facto um pouco atarefado, se não tiver (ainda) todo o tempo do mundo, terei certamente algum tempo para te ouvir. Daqui a algum tempo espero vir de facto a ter todo o tempo do mundo. Cuida de ser feliz. Mereces. Abraço sincero.
sábado, 9 de maio de 2009
O tempo de Kali
Khali anda à solta. E não me foi dito por qualquer um: foi mesmo uma Deusa que me (nos) disse. Para quem não acredita, pergunte à Susana Pereira Bastos.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Acto de fé
Prefiro acreditar sempre na bondade dos Homens, mesmo que depois me venha a decepcionar, a acreditar apenas na mesquinhez humana.
domingo, 26 de abril de 2009
Um mau bocado
Estou a passar um mau bocado. Após uma queda, o meu velhote perdeu a pouca mobilidade que ainda tinha. Agora é a dependência total, de alguém que já não tem paciência para a vida. Tenho que encontrar forças para o ajudar nesta recta final, embora às vezes seja muito difícil.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Solaris - quando a luz já tinha partido...
Foi há 7 anos. Param mim, foi como se fosse ontem. Nesse dia, o gume afiado da distância fez-se sentir com uma intensidade inusitada. E no entanto volto a esse momento. Contradições.
Pavlov explica.
Pavlov explica.
domingo, 19 de abril de 2009
Contruindo Pontes
De todos os povos da antiguidade que navegaram o mar do meio, o -Medi Terrâneo-, mais tarde com Roma o "Mare Nostum", guardo com carinho um lugar no coração para aqueles que vieram à Lusitânia não para fazer a guerra, mas apenas para comerciar : Fenícios, Gregos e Cartagineses. Ficaram os genes, o alfabeto, e uma matriz cultural comum desta realidade que pretendemos reconstruir de novo e a que chamamos Europa. Depois do devastador século XX em que a Europa deu ao mundo duas guerras mundiais, é um bálsamo para a alma encontrar estes construtores de pontes para a sempre renovada Europa.
Possamos nós trilhar um novo caminho, feito de afectos.
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
domingo, 29 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
Ai de alguém...
Ai de alguem que me chame piroso, heheh...
"Quieres Ser Mi Amante", Camilo Sesto
DECIR TE QUIERO DECIR AMOR NO SIGNIFICA NADA
LAS PALABRAS SINCERAS LAS QUE TIENEN VALOR SON
LAS QUE SALEN DEL ALMA
Y EN MI ALMA NACEN,SOLO PALABRAS BLANCAS
PREGUNTAS SIN RESPUESTAS LLENAS DE
ESPERANZAS..
UN AMOR COMO EL MIO NO SE PUEDE AHOGAR
COMO UNA PIEDRA EN UN RIO
UN AMOR COMO EL MIO NO SE PUEDE ACABAR
NI ESTANDO LEJOS TE OLVIDO,
Y NO SE PUEDE QUEMAR PORQUE ESTA HECHO
DE FUEGO,NI PERDER NI GANAR
PORQUE ESTE AMOR NO ES UN JUEGO.
(CORO)SUEÑOS QUE SON AMOR..
SON SUEÑOS QUE SON DOLOR.
YO NECESITO SABER SI QUIERES SER MI AMANTE..
ES BONITO REIR AMAR Y VIVIR TODO POR ALGUIEN
Y SI ES PRECISO SUFRIR LLORAR O MORIR TODO POR
ALGUIEN.
YO NECESITO SABER SI QUIERES SER MI AMANTE
YO NECESITO SABER SI QUIERES SER MI AMANTE.
REP.(CORO)
VIVIR O MORIR VIVIR O MORIR...
PERO CONTIGO..
VIVIR O MORIR VIVIR O MORIR
QUIERES SER MI AMANTE.....
"Quieres Ser Mi Amante", Camilo Sesto
LAS PALABRAS SINCERAS LAS QUE TIENEN VALOR SON
LAS QUE SALEN DEL ALMA
Y EN MI ALMA NACEN,SOLO PALABRAS BLANCAS
PREGUNTAS SIN RESPUESTAS LLENAS DE
ESPERANZAS..
UN AMOR COMO EL MIO NO SE PUEDE AHOGAR
COMO UNA PIEDRA EN UN RIO
UN AMOR COMO EL MIO NO SE PUEDE ACABAR
NI ESTANDO LEJOS TE OLVIDO,
Y NO SE PUEDE QUEMAR PORQUE ESTA HECHO
DE FUEGO,NI PERDER NI GANAR
PORQUE ESTE AMOR NO ES UN JUEGO.
(CORO)SUEÑOS QUE SON AMOR..
SON SUEÑOS QUE SON DOLOR.
YO NECESITO SABER SI QUIERES SER MI AMANTE..
ES BONITO REIR AMAR Y VIVIR TODO POR ALGUIEN
Y SI ES PRECISO SUFRIR LLORAR O MORIR TODO POR
ALGUIEN.
YO NECESITO SABER SI QUIERES SER MI AMANTE
YO NECESITO SABER SI QUIERES SER MI AMANTE.
REP.(CORO)
VIVIR O MORIR VIVIR O MORIR...
PERO CONTIGO..
VIVIR O MORIR VIVIR O MORIR
QUIERES SER MI AMANTE.....
Estado de alma
Sim, eu sei que não estou a ser original, mas hoje estou assim. Sábado à noite, sozinho com os meus fantasmas. Felizmente amanhã haverá voos na Arrábida. Um bom motivo para dormir cedo!
Competindo com gaivotas
Dois belos dinâmicos nas Bicas. À tranquilidade do nosso grupo juntou-se um burgesso a incomodar toda a gente. A quantidade de parapentistas era enorme, e para ir para o ar valia tudo: passar à frente dos outros, atropelar... enfim, não pode ser sempre prefeito.
sexta-feira, 20 de março de 2009
A ideia e o papel higiénico
Numa avaliação recente, uma professora criticou veementemente um trabalho de campo feito em grupo em que eu participei por ter apresentado como referência bibliográfica artigos de um blog. Sem saber do que se tratava, e obviamente sem ter consultado o referido blog, logo tratou de o classificar como impróprio como referência para um trabalho académico. Não tive paciência, e a pesar do respeito que me merecem os nossos professores, tive que ripostar que criticar sem conhecimento de causa é puro preconceito. E isso eu recuso numa universidade. Se a professora não gostou, paciência. Estou-me positivamente a borrifar para as notas do curso, e não me irão demover. Para mim apenas contam as ideias. Tanto se me dá que estejam escritas num livro, como num jornal, num blog, ou mesmo num pedaço de papel higiénico, com a condição de este não ter servido para outra função que não a de registar a ideia. A velha guarda da faculdade, por esta e por outros professores, continua convictamente a afirmar que nenhuma pessoa séria publicaria na Internet. Ora, senhores professores, façam lá o favor de se actualizarem, se não se importam! Felizmente, nem todos os professores se regem pelas mesmas regras bafientas.
domingo, 15 de março de 2009
Hoje estou de verde e amarelo
Do melhor que ou outro lado do Atlântico tem para nos dar.
Créditos: http://www.youtube.com/watch?v=eOZh0zpZolw&feature=related
Créditos: http://www.youtube.com/watch?v=eOZh0zpZolw&feature=related
Adivinhem o que vem a caminho?!
A minha ROOKIE! Isso mesmo, a minha asa! Um dia destes - prometo a mim mesmo - quando quiserem saber por onde ando, procurem no céu, pendurado num trapo que sabe voar tão bem!
Depois da catedral em Linhares, ninguém me agarra. Alguém duvida?
segunda-feira, 9 de março de 2009
Yupiii - versão 2
É oficial. Exame teórico arrumado, e primeiros vôos em montanha. Um dia inteirinho de marrecadas na catedral do parapente, em Linhares da Beira.
Tou feliz
Tou feliz
sábado, 7 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Mais um dia feliz
E aqui estou eu, a fazer canoagem... ops, desculpem canorafting, tem que ser dito em Inglês, que afinal a nossa língua é assim a modos que uma coisa macarrónica, pobrezinha, com um léxico pouco variado... enfim, adorei o dia n o velho "Anas", auto-estrada do sul desde sempre. Mas por favor, vamos tentar acabar com a piroseira em que de resto eu também caio às vezes de usar termos estrangeiros, quando afinal estamos todos em casa. Como dizia o poeta, "a minha pátria é a língua Portuguesa". Deixemos o Inglês para comunicar com os estrangeiros. A sério, dá pena ver a cara de gozo de algumas pessoas quando eu digo canoagem em vez de canorafting. Ou "trecking", em vez da simples e portuguesíssima caminhada a pé. Eu sei que na língua dos outros soa a "trés chique", mas dá-nos cá um ar de parolos... Ainda assim, voltaria a fazer de novo canoagem, ou lá como lhe queiram chamar... Porque, acho que ainda não vos disse, e amanhã pode ser tarde, eu GOSTO MUITO DE VOCÊS"
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Feliz aniversário
Liguei-te para ambos os telemóveis: ambos desligados. Enviei-te uma SMS para te desejar um feliz dia de aniversário, que ainda não chegou ao destino: ou seja,uma nova crise, mais que provável. A última vez que falámos foi em vésperas de Natal. Ligaste-me para me desejar um feliz Natal. Tremi o resto do dia. As frágeis raízes em que assento não são ainda fortes o suficiente para suportar as únicas palavras que podemos trocar. Palavras triviais, de ocasião, a simular uma normalidade que não existe. As outras, essas não poderão ser ditas. Nunca. Não irei procurar-te. Apenas o poderia fazer para te ajudar a erguer, e eu serei provavelmente a última mão que quererias para isso. O caminho mais curto para o centro da cidade levou-me a passar pela tua rua no teu dia de aniversário. A pressiana do teu quarto está avariada, caída, impede a luz do sol de entrar. Não é bom. Espero que a mandes arranjar em breve. Porque a luz é vital. Não te refugies na escuridão, mesmo que ela te pareça um bom refúgio. Pelo contrário, abre a janela, deixa a luz entrar. E segue o teu caminho serenamente.
Respeitosamente, ofereço-te o meu silêncio. Mas não o esquecimento; e por favor procura perdoar a minha humanidade, como eu procuro perdoar a tua.
Respeitosamente, ofereço-te o meu silêncio. Mas não o esquecimento; e por favor procura perdoar a minha humanidade, como eu procuro perdoar a tua.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Eu estou aqui -Primeiro dinâmico - 31-01-2009, 10 h
Eu estou aqui.... Pendurado na asa vermelha e branca, a fazer o meu primeiro voo dinâmico.
Quero mais, muito mais.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
O enigma da dádiva
Se fosse verdade que temos vivido nos últimos séculos sob o lema do "Homo Economicus" que vive apenas em função do lucro, como se explica então a imensa troca de bens, favores, prendas, dádivas? Que encontramos nós na Humanidade à luz daquilo que se dá, na obrigação de receber e na obrigação de retribuir?
Porque não se pode dar ou vender uma dádiva recebida? O que destinge o objecto que se pode dar daquele que não pode ser dado?
Volto uma e outra vez a Marcell Mauss. A questão pode e deve ser aprofundada, o Enigma da Dádiva deve ser mais e mais desenvolvido. Como será a Humanidade, quando todas as bocas estiverem, à semelhança do mundo dito ocidental, saciadas?
Porque não se pode dar ou vender uma dádiva recebida? O que destinge o objecto que se pode dar daquele que não pode ser dado?
Volto uma e outra vez a Marcell Mauss. A questão pode e deve ser aprofundada, o Enigma da Dádiva deve ser mais e mais desenvolvido. Como será a Humanidade, quando todas as bocas estiverem, à semelhança do mundo dito ocidental, saciadas?
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Progredindo no voo
dia 27 de Janeiro de 2009.
Uma corrida até á Fonte da Telha, pela hora de Almoço. Três belas marrecadas, que só não foram o meu primeiro "dinâmico" porque o vento acalmou demais. Mas vou progredindo.
Quero mais, muito mais!
Entretanto, Mestre Sam vai-nos espicaçando, qual águia desafiadora.
Que Ícaro seja benevolente.
Uma corrida até á Fonte da Telha, pela hora de Almoço. Três belas marrecadas, que só não foram o meu primeiro "dinâmico" porque o vento acalmou demais. Mas vou progredindo.
Quero mais, muito mais!
Entretanto, Mestre Sam vai-nos espicaçando, qual águia desafiadora.
Que Ícaro seja benevolente.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
The Shining--Kubricks symbolism explained
Por influência da Antropologia do simbólico... Porque a linguagem verbal vem do consciente e serve para fazer a guerra, enquanto que a linguagem simbólica vem do inconsciente e serve para fazer a paz (a minha interpretação).
O que vem de trás...
Toca-se prá frente...
"Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa
nem se deixa governar..."
nem se deixa governar..."
Fora de moda ?!
Como Portugal mudou em 100 anos!
" O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada,
os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
Texto escrito em 1871 por Eça de Queiroz,
no primeiro número d'As Farpas.
" O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada,
os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
Texto escrito em 1871 por Eça de Queiroz,
no primeiro número d'As Farpas.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
El condor que passa
Porque nenhum condor se sentirá mais livre ao voar do que eu, que ganhei asas...
Via pessoalissimo. Dizem que não é feio copiar o bom-gosto....
Eu prefiro ser um pardal do que uma lesma
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir
Eu prefiro ser um martelo do que um prego
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir
Longe, eu preferiria velejar longe
Como uma cegonha que está aqui e se foi
Um homem envelhece a cada dia
Isto dá ao mundo
Seu som mais triste
Seu som mais triste
Eu prefiro ser uma floresta do que uma rua
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir
Eu prefiro sentir a terra debaixo dos pés
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir
Longe, eu iria preferir velejar longe
Como uma cegonha que está aqui e se foi
Um homem envelhece a cada dia
Isto dá ao mundo
Seu som mais triste
Seu som mais triste
Via pessoalissimo. Dizem que não é feio copiar o bom-gosto....
Eu prefiro ser um pardal do que uma lesma
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir
Eu prefiro ser um martelo do que um prego
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir
Longe, eu preferiria velejar longe
Como uma cegonha que está aqui e se foi
Um homem envelhece a cada dia
Isto dá ao mundo
Seu som mais triste
Seu som mais triste
Eu prefiro ser uma floresta do que uma rua
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir
Eu prefiro sentir a terra debaixo dos pés
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir
Longe, eu iria preferir velejar longe
Como uma cegonha que está aqui e se foi
Um homem envelhece a cada dia
Isto dá ao mundo
Seu som mais triste
Seu som mais triste
El Condor Pasa
I'd rather be a sparrow than a snail
Yes I would, if I could, I surely would Hmm-mmmmm
I'd rather be a hammer than a nail
Yes I would, if I only could, I surely would Hmm-mmmmm
Away, I'd rather sail away
Like a swan that's here and gone
A man gets tied up to the ground
He gives the world it's saddest sound
It's saddest sound, Hmm-mmmmm
I'd rather be a forest than a street
Yes I would, if I could, I surely would
I'd rather feel the earth beneath my feet
Yes I would, if I only could, I surely would
Créditos:http://letras.terra.com.br/simon-e-garfunkel/146484/
http://www.cifras.com.br/cifra/paul-simon-garfunkel/el-condor-pasa
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
learning to fly part 5
A segunda "marrecada". Já me sinto um verdadeiro "aboador" Piloto comandante, se faz favor ;)
Learning to Fly - part 4 - Um dia feliz
A primeira "marrecada"
Com os meus especiais agradecimentos à Alexandra e ao Jorge Oliveira.
Com os meus especiais agradecimentos à Alexandra e ao Jorge Oliveira.
domingo, 4 de janeiro de 2009
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
As outras raizes: do lado paterno. Resgaste de uma memória
1996. Mais um dia de trabalho, e mais uma corrida pela cidade. Havia que instalar um novo sistema, desta vez no Barreiro. Lanço o desafio à mana: Maria, vamos até ao Lavradio. Tenho que lá ir a trabalho, e aproveitamos para visitar a nossa tia Cremilde. Aceita o desafio, e meia-hora depois aí vamos nós a correr sobre a 25 de Abril. Trabalho fácil, que se resolve em pouco tempo. Somos recebidos com um afável e surpreso sorriso pela nossa tia por afinidade, esposa de um dos nossos tios paternos. A nossa tia permanece igual: uma senhora magra, de traços finos, educada e tranquila. Grandes amigos dos nossos pais, este ramo da família tinha vindo para o Barreiro, por força da CUF, e por lá cresceu e ficou. A conversa, inevitavelmente tinha que ir parar aos avós, á família, ao Casal. Sabe tia, digo eu, temos tanta pena de não haver retratos dos avós. Há um pequenininho, com o avô, mas é tão pequeno que não se consegue ver a expressão dele. - Mas há sim, sobrinhos. Esperem um pouco.
Olhamo-nos incrédulos, enquanto a nossa tia de dirige ao seu quarto, regressando com uma preciosidade nas mãos: um retrato com o avô António (que apenas a minha irmã Maria conheceu), a avó Amélia, e o tio Zé. Pestanejo, quase não conseguindo acreditar. Aquelas figuras do passado, que para mim e paras as irmãs não passavam de relatos orais, repentinamente tomam forma, rostos!
Esta, diz-nos a tia Cremilde, é a única fotografia que há dos vossos avós paternos. Deu-ma a vossa avó no dia do meu casamento com o vosso tio, quando eu tinha 16 anos. Ela tinha uma grande estima por este retrato, e eu sabia que ela me estava a dar alguma coisa que era muito importante para ela!
Tenho que resgatar isto, pensei. E sei que a Maria também pensou o mesmo.
Sabe, tia, gostávamos tanto de ficar com uma cópia desta foto. Claro, filhos (ela tratava-nos sempre como filhos), levem e copiem. Regressamos felizes a Lisboa, com esta prenda tão inesperada. A tia parecia igualmente feliz por este acontecimento. Menos de um ano passado, e morre, repentinamente. Cremos que ela teve bem presente o que estava a fazer. Era possível que com a sua partida, e mais tarde a do marido, esta fotografia se pudesse ter perdido. Assim, permanece para o futuro. Resgate improvável de um eco do passado. Nas suas poses sérias para o retrato, os avós parecem-me a mim sorrir, lá desse passado longincuo, quando eu e as irmãs ainda não éramos nem sonhados.
Olhamo-nos incrédulos, enquanto a nossa tia de dirige ao seu quarto, regressando com uma preciosidade nas mãos: um retrato com o avô António (que apenas a minha irmã Maria conheceu), a avó Amélia, e o tio Zé. Pestanejo, quase não conseguindo acreditar. Aquelas figuras do passado, que para mim e paras as irmãs não passavam de relatos orais, repentinamente tomam forma, rostos!
Esta, diz-nos a tia Cremilde, é a única fotografia que há dos vossos avós paternos. Deu-ma a vossa avó no dia do meu casamento com o vosso tio, quando eu tinha 16 anos. Ela tinha uma grande estima por este retrato, e eu sabia que ela me estava a dar alguma coisa que era muito importante para ela!
Tenho que resgatar isto, pensei. E sei que a Maria também pensou o mesmo.
Sabe, tia, gostávamos tanto de ficar com uma cópia desta foto. Claro, filhos (ela tratava-nos sempre como filhos), levem e copiem. Regressamos felizes a Lisboa, com esta prenda tão inesperada. A tia parecia igualmente feliz por este acontecimento. Menos de um ano passado, e morre, repentinamente. Cremos que ela teve bem presente o que estava a fazer. Era possível que com a sua partida, e mais tarde a do marido, esta fotografia se pudesse ter perdido. Assim, permanece para o futuro. Resgate improvável de um eco do passado. Nas suas poses sérias para o retrato, os avós parecem-me a mim sorrir, lá desse passado longincuo, quando eu e as irmãs ainda não éramos nem sonhados.
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