quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O enigma da dádiva

Se fosse verdade que temos vivido nos últimos séculos sob o lema do "Homo Economicus" que vive apenas em função do lucro, como se explica então a imensa troca de bens, favores, prendas, dádivas? Que encontramos nós na Humanidade à luz daquilo que se dá, na obrigação de receber e na obrigação de retribuir?
Porque não se pode dar ou vender uma dádiva recebida? O que destinge o objecto que se pode dar daquele que não pode ser dado?

Volto uma e outra vez a Marcell Mauss. A questão pode e deve ser aprofundada, o Enigma da Dádiva deve ser mais e mais desenvolvido. Como será a Humanidade, quando todas as bocas estiverem, à semelhança do mundo dito ocidental, saciadas?

Catarse

Catarse, ou como uma música pode transformar a dor.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Progredindo no voo



dia 27 de Janeiro de 2009.

Uma corrida até á Fonte da Telha, pela hora de Almoço. Três belas marrecadas, que só não foram o meu primeiro "dinâmico" porque o vento acalmou demais. Mas vou progredindo.

Quero mais, muito mais!

Entretanto, Mestre Sam vai-nos espicaçando, qual águia desafiadora.

Que Ícaro seja benevolente.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

THE SHINING in-depth analysis by Rob Ager pt 3 of 3




Créditos: http://www.youtube.com/watch?v=C0v_8-XjAm0&feature=related

THE SHINING in-depth analysis by Rob Ager pt 2


THE SHINING in-depth analysis by Rob Ager pt 1 of 3


The Shining--Kubricks symbolism explained

Por influência da Antropologia do simbólico... Porque a linguagem verbal vem do consciente e serve para fazer a guerra, enquanto que a linguagem simbólica vem do inconsciente e serve para fazer a paz (a minha interpretação).


O que vem de trás...

Toca-se prá frente...


"Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa
nem se deixa governar..."
Gaius Julius Caesar (100-44 AC)



Via pessoalissimo

Fora de moda ?!

Como Portugal mudou em 100 anos!

" O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada,
os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.

Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.

Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.

O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

Texto escrito em 1871 por Eça de Queiroz,
no primeiro número d'As Farpas.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Jean Genet

As boas raparigas vão para o céu, as más vão para todo o lado!

Et par cause..

Microcosmos / L'amour d'escargots

Linda, o teu video mereceia ser postado aqui. Não me esqucei.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

El condor que passa

Porque nenhum condor se sentirá mais livre ao voar do que eu, que ganhei asas...

Via pessoalissimo. Dizem que não é feio copiar o bom-gosto....



Eu prefiro ser um pardal do que uma lesma
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir

Eu prefiro ser um martelo do que um prego
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir

Longe, eu preferiria velejar longe
Como uma cegonha que está aqui e se foi
Um homem envelhece a cada dia
Isto dá ao mundo
Seu som mais triste
Seu som mais triste

Eu prefiro ser uma floresta do que uma rua
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir

Eu prefiro sentir a terra debaixo dos pés
Sim eu preferia
Se eu pudesse
Certamente iria preferir

Longe, eu iria preferir velejar longe
Como uma cegonha que está aqui e se foi
Um homem envelhece a cada dia
Isto dá ao mundo
Seu som mais triste
Seu som mais triste


El Condor Pasa


I'd rather be a sparrow than a snail
Yes I would, if I could, I surely would Hmm-mmmmm
I'd rather be a hammer than a nail
Yes I would, if I only could, I surely would Hmm-mmmmm
Away, I'd rather sail away
Like a swan that's here and gone
A man gets tied up to the ground
He gives the world it's saddest sound
It's saddest sound, Hmm-mmmmm
I'd rather be a forest than a street
Yes I would, if I could, I surely would
I'd rather feel the earth beneath my feet
Yes I would, if I only could, I surely would

Créditos:http://letras.terra.com.br/simon-e-garfunkel/146484/

http://www.cifras.com.br/cifra/paul-simon-garfunkel/el-condor-pasa





a 3ª marrecada - perfeita!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

learning to fly - part 6


A parte do parapente que ninguém quer... ai ai...

Mestre Zé "et moi même"


learning to fly part 5

A segunda "marrecada". Já me sinto um verdadeiro "aboador" Piloto comandante, se faz favor ;)

Learning to Fly - part 4 - Um dia feliz

A primeira "marrecada"


Com os meus especiais agradecimentos à Alexandra e ao Jorge Oliveira.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Ecos de um presente sonhado




quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Você está aqui, versão dois.


Quando eu já existia. Descubram onde estou....

Quando eu ainda não existia.

As outras raizes: do lado paterno. Resgaste de uma memória


1996. Mais um dia de trabalho, e mais uma corrida pela cidade. Havia que instalar um novo sistema, desta vez no Barreiro. Lanço o desafio à mana: Maria, vamos até ao Lavradio. Tenho que lá ir a trabalho, e aproveitamos para visitar a nossa tia Cremilde. Aceita o desafio, e meia-hora depois aí vamos nós a correr sobre a 25 de Abril. Trabalho fácil, que se resolve em pouco tempo. Somos recebidos com um afável e surpreso sorriso pela nossa tia por afinidade, esposa de um dos nossos tios paternos. A nossa tia permanece igual: uma senhora magra, de traços finos, educada e tranquila. Grandes amigos dos nossos pais, este ramo da família tinha vindo para o Barreiro, por força da CUF, e por lá cresceu e ficou. A conversa, inevitavelmente tinha que ir parar aos avós, á família, ao Casal. Sabe tia, digo eu, temos tanta pena de não haver retratos dos avós. Há um pequenininho, com o avô, mas é tão pequeno que não se consegue ver a expressão dele. - Mas há sim, sobrinhos. Esperem um pouco.
Olhamo-nos incrédulos, enquanto a nossa tia de dirige ao seu quarto, regressando com uma preciosidade nas mãos: um retrato com o avô António (que apenas a minha irmã Maria conheceu), a avó Amélia, e o tio Zé. Pestanejo, quase não conseguindo acreditar. Aquelas figuras do passado, que para mim e paras as irmãs não passavam de relatos orais, repentinamente tomam forma, rostos!
Esta, diz-nos a tia Cremilde, é a única fotografia que há dos vossos avós paternos. Deu-ma a vossa avó no dia do meu casamento com o vosso tio, quando eu tinha 16 anos. Ela tinha uma grande estima por este retrato, e eu sabia que ela me estava a dar alguma coisa que era muito importante para ela!
Tenho que resgatar isto, pensei. E sei que a Maria também pensou o mesmo.
Sabe, tia, gostávamos tanto de ficar com uma cópia desta foto. Claro, filhos (ela tratava-nos sempre como filhos), levem e copiem. Regressamos felizes a Lisboa, com esta prenda tão inesperada. A tia parecia igualmente feliz por este acontecimento. Menos de um ano passado, e morre, repentinamente. Cremos que ela teve bem presente o que estava a fazer. Era possível que com a sua partida, e mais tarde a do marido, esta fotografia se pudesse ter perdido. Assim, permanece para o futuro. Resgate improvável de um eco do passado. Nas suas poses sérias para o retrato, os avós parecem-me a mim sorrir, lá desse passado longincuo, quando eu e as irmãs ainda não éramos nem sonhados. Justificar completamente

Raizes: as minhas. Do lado materno.