terça-feira, 18 de novembro de 2008

À memória da Gisberta

Esta é para ela, mas também para ti... Porque não passou impune nos nossos espíritos. E porque o combate à estupidez humana e à boçalidade nunca tem fim.

Gis. Não sabia que existias, até ao dia em que foste triste notícia. Possa o Universo permitir que sejas agora espírito, e que o teu espírito possa repousar em paz. Perdoa a quem te fez passar por essa terrível provação. Apesar de tudo a existência foi boa para eles. Podem permanecer por uma longa vida, e moldar as suas almas. Para eles ainda existe a possibilidade de redenção. Afinal o barro existe apenas para poder ser moldado.
Aos jovens não bastariam palavras. Pouco sei sobre eles. Enjeitados, filhos que ninguém quer, gente em início de vida, educados na escola da rua e do abandono.
Personalidades (de)formadas na dura escola da vida? Talvez. E os anos que viveram, não lhes bastaram para aprender a escolher? O livre arbítrio ainda lhes é desconhecido? E com que idade deve uma pessoa ser responsabilizada pelas escolhas que faz?

Podemos sempre perdoar aquilo que nos fazem, mas jamais podemos perdoar aquilo que alguém faz a outrem. Apenas posso esperar que o tempo que me resta permita que um dia estas pessoas possam dizer que se arrependeram, que não sabiam o que estavam a fazer. Mas que não paire nos seus espíritos a esperança de que tudo esquece. Eu não esqueço. Por ela. Por ti. Por todos nós.


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