domingo, 30 de novembro de 2008

Liberdade

Sempre foste um homem livre. Livre de preconceitos, livre nas ideias, livre nos compromissos.
Reencontrei-te há algum tempo no Bairro Alto. Conversámos. Não foi necessário dizeres, a cara de parêntesis e as evidências de lipodistrofia - tive o bom senso de fingir não reparar - evidenciam o teu estado. Dizes ter uma nova companhia. Posteriormente descubro que fazes questão em não proteger nem a tua companhia nem ninguém. Lamento imenso. A imagem do amigo de há 20 anos é apenas isso. Uma imagem que o tempo esbateu. Quase não te reconheço.
Se algum dia foste escravo de alguma coisa, creio bem que tenha sido apenas dessa tua liberdade que não conhecia limites.


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